Cerca de 40 mil vagas no mercado brasileiro de tecnologia não são preenchidas por falta de qualificação profissional. O dado da ASSESPRO-SP, (Associação Brasileira das Empresas de TI) é, no mínimo, um grande incentivo para começar a pesquisa de cursos na área, sejam eles de extensão, mais práticos, ou de pós-graduação.
Edmilson Oliveiras, diretor executivo da Agnis, consultoria em Recursos Humanos, recomenda que o profissional se atualize constantemente, afinal o mercado de TI, sofre muitas mudanças. “Há segmentos mais conservadores e outros menos. Na área de TI, se o profissional espera muito, fica fossilizado”, aponta Oliveiras.
Além da evolução tecnológica em si, o mercado e as empresas têm cobrado dos profissionais outras competências, que ultrapassam o conhecimento técnico, como afirma Célio Antunes de Souza, diretor da Faculdade Impacta Tecnologia.
“O conhecimento sobre gestão empresarial explica-se porque as empresas estão utilizando a tecnologia da informação como suporte para o aumento da produtividade. Para que o profissional de TI possa desenvolver uma aplicação de uso empresarial, faz-se necessário conhecer assuntos como contabilidade, custos, finanças, RH, gestão de projetos, governança etc.”, assinala Souza.
O velho conselho de esperar um pouco antes de iniciar uma pós-graduação nem sempre se aplica à TI. Como lembra o consultor Shuji Shimada, da People Consulting, o profissional de tecnologia muitas vezes inicia o curso de graduação já trabalhando na área. Ou, por meio de programas de estágio e trainee, já conclui a faculdade com três ou quatro anos de experiência.
"Nesses casos, é possível sim, dar seqüência à faculdade com uma pós-graduação, pois ele já possui bastante experiência. Afinal, esses cursos de pós não só solidificam conceitos, mas trazem muita coisa nova com base na troca de experiência entre alunos e professores”, afirma Shimada.
Para Souza, da Faculdade Impacta, é possível preencher muitas das vagas que o mercado apresenta com o conhecimento prático em ferramentas de software. "Não é necessário, em um primeiro momento, fazer um curso acadêmico, mas sim treinamentos e certificações em TI.”
Em outras palavras, os especialistas concordam que decidir “o que” estudar, depende das necessidades de cada setor dentro do mercado de TI.
Já a decisão de “onde” estudar, o conselho é pesquisar. “Buscar fazer uma análise crítica, pois tem muita coisa ruim no mercado. O curso, o nível de especialização dos professores que nele atuam, se a instituição é idônea ou é aquele chamado ‘varejão’ e, principalmente, ver o que o curso trará à sua vida prática”, acrescentou Oliveiras.
Shimada conclui dizendo que “o conteúdo é sempre o mais importante, porque os profissionais têm um tempo muito escasso para perder em algo que só vai constar no currículo.”
FONTE: IDGNOW
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